DIA INTERNACIONAL DA MULHER
– 8 de março de 2025 –
Hoje, dia 8 de março de 2025, em pleno Séc. XXI, apesar dos avanços extraordinários no âmbito da tecnologia e da inteligência artificial, da sustentabilidade e das energias renováveis, da saúde, da exploração espacial etc. a mulher continua a enfrentar grandes desafios: a desigualdade salarial persiste, a violência de género mantém-se e manifesta-se de diversas formas, do assédio ao feminicídio, e a vida profissional e as responsabilidades domésticas continuam a sobrecarregá-la. Além disso, a mulher continua afastada dos altos cargos políticos e financeiros, limitando-a nas decisões importantes que poderiam, quiçá, abrir de par em par as portas da igualdade.
A celebração do Dia Internacional da Mulher, ao contrário do que desejaríamos, ainda faz sentido, pelo menos para nos lembrarmos de que ainda há muito por fazer, ainda há muita igualdade para conquistar, muitas mentalidades para limar.
Ais
Ai das mulheres, quando os filhos não sabem que as mães dão Ais!
Ai das mulheres cujos vizinhos fecham janelas para não ouvirem os Ais delas.
Ai dos pais que, apesar de não ouvirem os Ais das filhas, sabem que dão Ais…
Ai das mulheres cujos irmãos não creem nos seus Ais.
Ai das mulheres cujos amigos esperam e não desesperam perante os seus Ais!
Ai das mulheres que nem sequer têm mãe para ouvir os seus Ais.
Ai das mães que não podem dar Ais pelas suas filhas… afinal, também elas deram, em seu tempo, os seus próprios Ais!
Ai das mulheres que soltam Ais por não conseguirem fugir dos seus próprios Ais!
Ai dos homens… surdos aos Ais dos seus semelhantes…
Ai da sociedade que aceita os Ais das suas mulheres, nortadas de gritos pelas ruas silentes, desertas de amor e de humanidade…!
Ai! … CLAMEMOS!
Ai! Façamos do nosso grito um abrigo, uma mão aberta, uma coroa de flores por cada mulher violentada, martirizada, agredida, violada… ASSASSINADA!
Ai! … VOCIFEREMOS pelos Ais de todas mulheres, pelos MEUS, OS TEUS, pelos NOSSOS Ais …
CF
Que este painel (as letras e as artes ali plasmadas) seja a voz de todas as mulheres da nossa escola que, laboriosas, aula após aula, escrevem, à flor da pele de cada aluno, o poema igualdade.